Violão, violino, violoncelo, alaúde, bandolim, harpa… São vários os instrumentos de corda presentes na música clássica.
Caracterizados pelas cordas esticadas através do corpo para emitir sons, os cordofones – nome técnico para esta categoria – são um dos mais apreciados pelos amantes da música.
Mas você sabe a origem desses instrumentos e suas características?
Continue lendo para conhecer melhor um pouco mais dos principais instrumentos de corda utilizados na música clássica.
Violino
O violino é o instrumento de cordas friccionadas mais agudo de sua classe. Ele possui quatro cordas e seus primeiros exemplares foram produzidos na Itália, entre o final do século XVI e o início do século XVII.
A palavra “violino” foi introduzida na Língua Portuguesa somente no século XX; anteriormente, ele era chamado de “rabeca”, sendo, ainda hoje, chamado assim em alguns lugares do mundo.
O instrumento se tornou popular por todo o planeta, sendo utilizado nos mais diferentes estilos e gêneros musicais. Na música clássica, é um dos instrumentos mais presentes nos mais diversos agrupamentos, seja em orquestras, quartetos ou quintetos, por exemplo.
Violoncelo
Este instrumento também tem suas origens na Itália, por volta do século XVI, conquistando grande espaço na música a partir do período Barroco, entre 1600 a 1750.
O violoncelo é o instrumento de corda que abrange a extensão tonal mais grave entre todos os de sua categoria e, até o século XX, era conhecido como “rabecão”, no Brasil.
Assim como o violino, ele é tocado através da fricção de suas cordas com um arco, mas conta com uma particularidade: é usado na vertical apoiado no chão por uma peça de metal chamada “espigão”, enquanto o músico está sentado.
Violão
Com origem por volta do século XV, na Península Ibérica (região que abrange Espanha e Portugal), o violão é o instrumento de corda mais popular do mundo.
Na música erudita, este instrumento é utilizado, especialmente, em solos e dedilhados. Há também o rearranjo de grandes obras clássicas para violão.
Uma curiosidade: o violão possui este nome somente aqui, em terras brasileiras. Em outros países ele é chamado de guitarra acústica ou guitarra clássica. Essa diferença no nome vem de outro instrumento muito popular em nossa cultura: a viola. O violão tem essa denominação no Brasil apenas por ser uma versão maior da viola caipira.
Bandolim
Este instrumento surgiu na Itália, durante o século XVI, no cenário da música popular local. Considerado o sucessor do alaúde – de origem árabe, muito popular entre os músicos da Idade Média –, o bandolim possui quatro cordas duplas (total de oito cordas). O formato de seu corpo se assemelha ao de uma amêndoa.
Muito utilizado pelo compositor italiano, Antônio Vivaldi, em meados do século XVII, também se popularizou em Portugal e veio para o Brasil em 1800, apesar de ter demorado para encontrar seu lugar na música brasileira.
Harpa
Este é um dos instrumentos mais antigos do mundo, ao lado da flauta e dos tambores. Com corpo em formato triangular, todas as suas cordas estendem-se, paralelamente, de uma extremidade à outra.
As harpas antigas – criadas pelos árabes por volta do ano 3000 a.C. – eram menores, tinham menos cordas e, portanto, eram musicalmente mais limitadas em comparação com as construídas atualmente.
O aprimoramento veio a partir do século VIII, quando o instrumento chegou na Europa. Desde lá, as harpas foram sendo desenvolvidas por cerca de um milênio, até os anos 1800, quando foram criadas as primeiras versões que se alinham com as existentes hoje em dia.
Atualmente, a harpa sinfônica – utilizada na música erudita – tem 47 ou 48 cordas paralelas e sete pedais, um correspondente a uma nota para todas as oitavas.
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