NOTÍCIAS

Mas afinal, o que é Ópera?

Da combinação de um drama encenado acompanhado de música, nasceu o gênero artístico teatral da ópera. Em uma apresentação de ópera, os cantores são acompanhados por um grupo musical, como uma orquestra sinfônica, por exemplo, que fica responsável pela parte instrumental, e de solistas, responsáveis pelo canto, podendo haver ou não diálogo falado.

Primeiro ato: Como nasceu a Ópera

No século XVI, na Renascença Italiana, a “Camerata de Florença”, um grupo cultural de músicos, decidiu estudar a antiga música grega, tentando unir música e drama para adaptá-los aos moldes das estruturas trágicas propostas por Aristóteles. Desta forma, surgiu a composição cênica denominada “ópera”.

O gênero surgiu no período Barroco da história da arte e é resultado do desenvolvimento das estruturas musicais de outros estilos desenvolvidos por mestres flamengos e venezianos, servindo de suporte para o que viria ser a ópera que conhecemos nos dias atuais.   

Toda a dramaturgia se desenvolve em uma apresentação que conta com os elementos típicos do teatro como a cenografia, o vestuário e a atuação.  

Contando a história 

O enredo de uma ópera segue basicamente um roteiro padrão. A abertura é a primeira parte, onde uma música é tocada pela orquestra. Em seguida acontecem os recitativos, onde os personagens ficam dialogando. 

Os personagens secundários participam do coro, enquanto os principais interpretam árias – composições específicas para a voz do solista. Ocasionalmente, as óperas também contam com a participação de um balé. 

Diferentes tipos de ópera

A Ópera-balada (França) 

Intercalando música e diálogos falados, trata geralmente de temas populares. A sua maior característica é de ser formada por um grande número de intérpretes, músicos e atores. 

Ópera Cômica ou Ópera-Buffa (Itália) 

A comicidade dá o tom dos enredos desse gênero, que possui maior quantidade de diálogos falados. Apesar dos diálogos das Óperas Cômicas serem de cunho irônico, nem todas elas são necessariamente engraçadas. A exemplo disto temos a ópera “Carmen”, de Georges Bizet.

Ópera de Pequim (China)

Este tipo de ópera faz parte da cultura tradicional chinesa, que se remonta desde a dinastia Ming (1368-1644). É resultado de uma mistura das diferentes linguagens cênicas, como dança, música, teatro, acrobacia e  o que mais for necessário para enfatizar a interpretação e o uso da voz, utilizando a técnica do falsete para cantar e falar. Os movimentos corporais são parte relevante da sua composição, que inclui no figurino o uso da máscara. O repertório mistura lendas e histórias, com o objetivo de valorizar a moral e a tradição.

Opereta 

Caracterizada por mais diálogos narrados que músicas, a Opereta é vista por muitos como uma obra de menor seriedade, por sua principal característica: tratar temas cotidianos. No entanto, seus cantores treinam a ópera de forma clássica. A Opereta é resultado da Ópera-balada e da Ópera Cômica do século XIX. A obra “A Viúva Alegre”, de Franz Lehár (1870-1948), talvez seja a obra mais conhecida deste gênero.

I Pagliacci 

A Ópera “I Pagliacci”, de Ruggero Leoncavallo, integra a temporada 2022 dos Concertos Astra-Finamax.

Ambientada na Calabria, região do sul da Itália, a obra mostra a chegada de um conhecido grupo de teatro a um vilarejo. Enquanto a população aguarda para assistir as apresentações da trupe, o clima entre os integrantes do elenco é de romance, dramas e traição.

Na série Concertos Astra-Finamax, “I Pagliacci” será apresentada pela Orquestra Sinfônica de Santo André, contará com a participação de cinco solistas e do coral Madrigal Vivace de Jundiaí. A montagem cênica fica por conta da Cia. Ópera São Paulo, em parceria com o Consulado Geral da Itália.   

Ópera na atualidade

A segunda metade do século XX apresentou formas diversificadas de se fazer ópera. Alguns compositores optaram por um estilo mais minimalista, enquanto outros  compuseram escritas puramente tonais,ou seja, valorizando a musicalidade instrumental. Alguns dos principais compositores de ópera da atualidade são: John Adams, Tobias Picker, Jake Heggie, André Previn, Mark Adamo e Kaija Saariaho.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *